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Filme "A Noiva Cadaver"

  • Renata
  • 14 de abr. de 2015
  • 3 min de leitura

Corpse_Bride.jpg

A história é ambientada numa fictícia Inglaterra da era vitoriana.

O acontecimento mais esperado de uma pequena cidade depressiva e sombria é o casamento entre dois jovens que não se conhecem. A união é fruto de um acordo entre os pais dos noivos. Desanimados com o matrimônio sem amor, os noivos cumprem as ordens dos pais e acabam se conhecendo apenas na véspera da cerimônia, quando se reúnem para o ensaio. Desconfortável com a situação, Victor não consegue fazer seus votos e o pastor o manda embora até que consiga aprender o que vai dizer. Humilhado, o rapaz vaga pela floresta escura na tentativa de concretizar seus votos. Quando consegue, ele coloca a aliança na raiz de uma planta. Segundos depois, Victor percebe que não era uma árvore, já que o corpo em decomposição de uma mulher estranha surge do chão. Sem querer, o filho dos Van Dort descobre que se casou com A Noiva-Cadáver. Desde o misterioso assassinato que tirou a vida da jovem, ela aguardava que o noivo a resgatasse.

O filme foi lançado em 2005 e demorou 10 anos para ser produzido

É um filme em stop-motion

Os bonecos foram feitos de massinha

Um dos animadores é o Tim Allen

Produtor e direto é o Tim Burton, um diretor do cinema atual que consegue filmar contos soturnos de forma infantil e alegre, mas sem deixar de ser macabro. Ele também produziu “O Estranho Mundo de Jack”.

O filme possui as vozes de Johnny Depp como Victor Van Dort e de Helena Bonham Carter como a Noiva Cadáver.

A Noiva-Cadáver possui uma espécie de aura, bem suave em torno dela.

Para conseguir o efeito, Kozachik usou três fontes de luz, dispostas de modo a criar uma auréola de luz em volta do boneco. Ele fotografava as sequências utilizando um filtro de difusão acoplado à câmera digital. O efeito obtido é uma espécie de atualização de um antigo truque dos fotógrafos, que lambuzavam as lentes com vaselina antes de filmar as estrelas.

Além das peripécias visuais, o roteirista John August e Tim Burton providenciaram uma grande quantidade de referências a filmes e personagens do mundo do cinema. O piano que Victor e Emily dividem numa cenas na cidade dos mortos, por exemplo, é da marca Harryhausen, o sobrenome do maior de todos os mestres do stop-motion. O cão de estimação do protagonista lembra “O Estranho Mundo de Jack”. Um dos personagens declama romanticamente a célebre frase de encerramento de “E o Vento Levou”

As roteiristas Pamela Pettler e Caroline Thompson (o roteiro recebeu forma final pelas mãos de John August) entregam um texto seco e vigoroso, cheio de tiradas refinadas com o melhor do humor negro estilo britânico, ferino sem ser escrachado. Só como exemplo: em certo momento, Victoria questiona os pais sobre casamento sem amor. “E se eu e Victor não gostarmos um do outro?”. A mãe responde: “Como se isso tivesse a ver com casamento! Você acha que eu e seu pai nos gostamos?”, pergunta a senhora Everglot. “Um pouco”, murmura Victoria. “É claro que não!!”, grita Finnis, o pai.

A noiva cadáver foi indicado como

Melhor Filme de Animação, mas não chegou a ganhar

O diretor mostra os vivos em tons monocromáticos, cinzentos e melancólicos, quase sem vida; já o universo dos mortos é apresentado em cores explosivas, alegres e vibrantes, muito vivas. É uma inversão curiosa que ilustra bem a visão de mundo do diretor.

Tim Burton constrói seu conceito de morte sempre com muita leveza, harmonia e alegria. Para ele, a morte não tem a concepção clássica da religião católica, de que apenas a alma dos bons sobreviverá. Tim acredita, e transmite em seus filmes, a imagem de que a morte é a uma continuação, certo que em um plano paralelo, mas mesmo assim um recomeço onde os seres poderão, de uso de seu corpo material, ter a chance de corrigir erros e traçar caminhos diferentes dos escolhidos em vida. Para o diretor a morte pode ser sim alegre e para alguns, como o personagem Emily, pode ser a chance de libertação de dores e tristezas.


 
 
 

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